Bolsas de estudo e cursinhos voltados exclusivamente a esse público facilitam o ingresso na faculdade e impedem evasão, mostra o Estadão
A falta de recursos financeiros e o fato de residir em bairros distantes acabam afastando muitas pessoas pretas e pardas da busca pela graduação no ensino superior. Esse público, porém, também pode ter nos vestibulares de meio de ano uma ótima oportunidade. Além de vagas de cotas raciais em cursos presenciais e a distância, em instituições públicas e particulares, pretos e pardos contam hoje com muitas iniciativas que oferecem bolsas de estudo, cursinhos preparatórios, simulados e até uma universidade voltada exclusivamente a eles: a Universidade Zumbi dos Palmares (UZP).
Fundada em 2003 em São Paulo, a UZP tem vestibular de inverno para os cursos de Direito, Administração, Publicidade e Propaganda e Segurança da Informação, com 200 vagas em cada, todos no período noturno. Hoje, 1.500 alunos estudam na instituição, que já formou cerca de 3.700 pessoas.
Outra opção voltada ao público preto e pardo são as bolsas para o ensino superior oferecidas pela ONG Educafro, que auxilia negros de baixa renda a obter a graduação. Mantida pela entidade sem fins lucrativos Francisco de Assis, Educação, Cidadania e Direitos Humanos (Faecidh), a organização fechou no ano passado parceria com universidades privadas e com a Prefeitura de São Paulo para ofertar bolsas e vagas de estágio nos órgãos públicos municipais. Segundo o diretor-presidente da Faecidh, Frei David Raimundo dos Santos, hoje a Educafro oferece mais de 8 mil bolsas de estudos que variam de 100% a 50%, em várias regiões do Brasil, além de cursos pré-vestibular.
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