Ela deve entregar um plano de prevenção de acidentes nos próximos dias ao presidente da República
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, avalia que a tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, que já deixou mais de cem mortos, serve de alerta para o desequilíbrio do clima global. Segundo ela, o episódio é “uma pedagogia altamente dolorosa” para o país: o luto. A auxiliar de Luiz Inácio Lula da Silva deve entregar nos próximos dias ao presidente um plano de prevenção de acidentes. Nas discussões, está em debate a criação de um estatuto jurídico para reconhecer que existe uma emergência climática permanente.
Qual é o principal sinal que essa tragédia traz para a população brasileira?
Acho que é um sinal de reconhecer e aceitar esse fato, porque a pior coisa que tem é não ter consciência do risco. A outra é ter uma sociedade mobilizada para exigir de governos e empresas fazerem o dever de casa. Sem falar na outra parte, que é, digamos, lenta, porque não vemos a seca correndo atrás das pessoas, mas ela vai igualmente prejudicar as safras inteiras e vai igualmente prejudicar as possibilidades de renda de muita gente. É até difícil falarmos com essa força toda, porque antigamente quem falava assim era chamado de ecoterrorista. Agora, a natureza nos colocou num lugar de realistas. Só os negacionistas não vão atentar para o que está acontecendo. Temos que criar uma UTI climática.
Leia na íntegra: O Globo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil