Estamos em greve porque assim quiseram os/as docentes filiados/as à Apufsc-Sindical. Estamos em greve porque, mesmo considerando os 9% de reajuste recebidos em 2023, nossa defasagem salarial alcançava 35%, no mês de janeiro de 2024, como resultado de seis anos do arrocho salarial dos governos anteriores e da desvalorização dos servidores públicos e das universidades. Estamos em greve porque nosso sindicato voltou a ser presente e forte na vida da categoria, a ser democrático na sua condução e a ter forte presença nacional nas atividades sindicais.
O Proifes-Federação, seguindo as deliberações do seu Encontro Nacional em julho de 2023, imediatamente apresentou ao governo federal sua pauta de reivindicações que, em síntese, solicita: 1) o pagamento do piso nacional da educação; 2) a recomposição do poder de compra dos salários de 2018 (último ano de recebimento de reajuste antes de 2023); 3) a reestruturação da carreira a partir dos avanças obtidos em 2012; 4) a revogação de todos os atos arbitrários e de sistemática destruição dos serviços públicos postos em prática pelos dois governos anteriores; e muitas outras reivindicações específicas.
No quadro de negociação dos servidores federais com o governo, que se iniciou ainda em 2023, a resposta do governo foi um reajuste linear e emergencial de 9% em maio de 2023. Já os fóruns de servidores públicos (Fonasefe e Fonacate), bem como as centrais sindicais, em conjunto reivindicaram um índice de reposição totalizando 22,18%, divididos em três partes: 7,06% em 2024, 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026.
Recentemente, aceitamos a proposta de reajustes nos auxílios alimentação, creche e saúde. Destacamos que esses auxílios não incidem aos aposentados, com exceção da saúde para quem tem esse auxílio.
Em abril, o governo federal apresentou sua nova proposta, de 9% de reajuste salarial em 2025 e 3,5% em 2026, mas mantendo o reajuste zero em 2024.
Agora a palavra está com as entidades sindicais, entre elas o Proifes. A federação já encaminhou sua contraproposta para apreciação dos sindicatos federados e o retorno permitiu aprimoramento da mesma e o encaminhamento ao MGI.
Em que pese o fato de as mesas estarem acontecendo, o governo tem se mantido inflexível em sua negativa de qualquer reajuste para o ano de 2024. Portanto, estamos aguardando o agendamento da Mesa Específica (carreira e salários), que julgamos deva ser a definitiva.
Também, professores e professoras aposentados possuem problemas mais graves em relação à carreira e salários, devido às várias mudanças ocorridas e não creditadas a esse segmento, que precisam também ser discutidos e pleiteadas de forma urgente. Assim, estamos ao mesmo tempo em negociações e em greve.
Todos na luta, fortalecendo a greve!