Parecer aprovado aguarda homologação do ministro Camilo Santana, que tem criticado a expansão da educação a distância no Brasil
O Conselho Nacional da Educação (CNE) definiu que os cursos de formação para professores, como Licenciaturas e Pedagogia, terão de ser oferecidos com 50% da sua carga horária presencial. A educação a distância (EAD) para formar docentes no país tem crescido nos últimos anos, com muitos questionamentos sobre a qualidade.
Hoje, 64% dos estudantes em Licenciaturas estão em cursos a distância e não há controle sobre o que é feito presencialmente. Universidades privadas – que têm a maioria da EAD – oferecem cursos em que os futuros professores estudam, muitas vezes, apenas por vídeos e apresentações em power point. As atividades presenciais, como provas por exemplo, ocupam cerca de 10% do total.
No entanto, a modalidade é vista como opção para alunos mais pobres, que trabalham e buscam baixas mensalidades. Além disso, facilita o acesso para quem mora fora dos grandes centros. O parecer do CNE sobre formação docente foi aprovado por unanimidade em março, mas ainda precisa ser homologado pelo ministro Camilo Santana (PT). O conselho é um órgão de assessoramento ao ministério e responsável por organizar as diretrizes curriculares nacionais. Segundo o Estadão apurou, a nova regra para EAD foi alinhada com o ministério e Camilo deve homologar o documento nas próximas semanas. Procurado pela reportagem, o MEC respondeu que ainda analisa o parecer.
Leia na íntegra: Estadão