Proifes participou de audiência na Câmara, na qual representante do MEC disse que carreira será reestruturada
Representantes do governo federal esperam chegar a um acordo com professores e técnicos-administrativos em educação (TAEs) de universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia na sexta-feira, dia 19, quando deverá haver uma reunião para tratar das demandas da categoria. Os servidores estão em greve e reivindicam, principalmente, reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária.
Nesta terça-feira, dia 16, em audiência da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Durlo Grisa, garantiu que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada ainda neste governo. O Proifes-Federação, representado pela Diretora de Direitos Humanos, Rosângela Oliveira e pela Diretora de Assuntos Sindicais e Relações Internacionais, Ana Boff de Godoy participou de audiência pública na Câmara dos Deputados.
“De preferência neste ano, de preferência com acordo assinado o quanto antes, para que o Parlamento receba o projeto e consiga, na agilidade que for possível, encaminhar alteração da lei das carreiras técnico-administrativas”, afirmou o secretário.
Segundo Grisa, a ideia do governo é sentar com servidores e detalhar cada item, simulando as possibilidades e as impossibilidades. “Esta pauta é consenso no governo: a prioridade da reestruturação. Quanto mais rápida ocorrer, mais a gente avança no respeito ao servidor público.”
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Jr., acredita que a proposta a ser apresentada pelo governo poderá colocar fim à greve dos TAEs, que atinge mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais.
Ele observou, por outro lado, que o assunto é complexo e não se esgotará no curto prazo, até porque a base do governo no Congresso tem tido dificuldades para alavancar grandes mudanças. “A reconstrução tem que ir pelos caminhos de menor resistência legislativa. E é incremental, porque você não consegue recompor perdas, capacidade administrativa, do dia para a noite. Esse é um processo que vai percorrer todo o terceiro mandato do presidente Lula”.
Participação do Proifes
Rosângela Oliveira, presidente do Sindiedutec – sindicato federado ao Proifes -, foi uma das palestrantes da audiência desta terça. Ela destacou a importância da união em prol da construção de políticas públicas para todos.
“Nosso sindicato, que representa docentes e TAES dos campi do Instituto Federal do Paraná, foi o primeiro, das instituições federais de educação do Paraná, a decretar Estado de Greve. Quero conclamar os meus colegas e as minhas colegas, para fazermos um tsunami esse ano. Um tsunami da educação para lavar as câmaras de vereadores e as prefeituras deste país, porque temos capilaridade e somos muito poderosos para lavar esses espaços de todos os fascistas que ainda restam. Proponho construirmos um governo e parlamento com pessoas que lutem por nós, que lutem pela população, e respeitem e procurem fazer a política pública para todas as pessoas deste país”, exclamou Rosangela.