Falar com crianças e adolescentes sobre ditadura e democracia é uma forma de compreender o passado, aponta o Lunetas
Democracia pode parecer um tema distante das crianças. Mas, falar sobre democracia é falar sobre o direito de elas se expressarem e serem escutadas, de serem respeitadas como são, de conviverem com as diferença. Assim, é importante que conheçam um momento do nosso país em que a democracia não existiu: a ditadura. Mas como ensinar sobre fatos que elas não viveram ou que lembram de ter ouvido vagamente, e que ainda assim as impactam?
De acordo com o coordenador-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Erasto Fortes, respeitando as condições de desenvolvimento de cada faixa etária, “é preciso recordar criticamente os períodos da história brasileira em que falhamos na democracia”. A consequência, segundo ele, será a valorização de uma cultura de respeito aos direitos humanos entre as novas gerações.
A historiadora Aureli Alcantara, coordenadora do Programa de Ação Educativa do Memorial da Resistência de São Paulo e articuladora regional da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos, chama a atenção para a negação histórica de direito à memória que existe no Brasil. Nesse contexto, ela defende que “a criança enquanto sujeito de direito deve ter acesso aos relatos e às memórias que podem compor uma gama de conhecimentos capazes de despertar o desejo por justiça e verdade”. Para ela, entender isso é fundamental para a construção de uma sociedade em que as pessoas praticam ativamente a sua cidadania, cuidando do bem-estar umas das outras.
Leia na íntegra: Lunetas