Levantamento indica que instituições, que não são obrigadas por lei federal a fazer a reserva, estão sendo influenciadas por política afirmativa, segundo a Folha
O número de vagas para cotas nos cursos de graduação das universidades estaduais brasileiras se equiparou ao de não cotistas pela primeira vez na história. No caso das federais, as vagas reservadas já superam as demais desde 2016.
Os dados, obtidos com exclusividade pela Folha, são de levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa (Gemaa), ligado ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
De acordo com a pesquisa, realizada nas 67 universidades federais brasileiras e nas 39 estaduais, as vagas para cotas voltaram a crescer em 2023 — o número relativo aos processos seletivos de 2022 — após uma queda observada nos anos de pandemia.
Em 2023, as universidade estaduais destinaram 61.898 vagas para a ampla concorrência (estudantes não cotistas), o equivalente a 50,1% do total, e 61.589 para cotas, ou seja, 49,9%. A diferença foi de apenas 309 vagas em um universo de mais de 123 mil oferecidas. Já em 2022 (processo seletivo de 2021), a diferença havia sido de mais 10 mil vagas em um total de 109.710 ofertadas. Assim, as vagas de ampla concorrência representavam 54,6% do total, e as cotas, 45,4%.
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo