O principal temor é que o parlamentar utilize o colegiado para discutir temas que movimentam a extrema-direita brasileira
A escolha do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara acendeu o alerta no Palácio do Planalto, que estuda recorrer a uma “tropa de choque” para frear reveses e uma eventual ofensiva ideológica no colegiado.
A comissão, que tem cerca de 180 milhões de reais reservados em emendas de comissão no Orçamento de 2024, é responsável por discutir propostas voltadas à educação e à política educacional.
Um dos planos debatidos por parlamentares em conversas reservadas é promover obstrução total a pautas ligadas ao bolsonarismo, segundo apurou CartaCapital. A blindagem ao ministro da Educação Camilo Santana (PT) e manobras no regimento através de requerimentos de urgência em projetos importantes também são ventiladas.
Deputados de partidos que integram o arco de alianças do governo Lula avaliam ser importante ampliar a base governista no colegiado, como forma de derrotar possíveis projetos conservadores. Além disso, lembram que apenas 22 dos 37 integrantes da comissão votaram em Nikolas, uma margem considerável para “tirar o sono” do bolsonarista.
Leia na íntegra: Carta Capital