Luciana Malfussi, nova docente no Departamento de Enfermagem da UFSC, foi empossada na semana do Dia Internacional da Mulher
“Assumo a docência com toda bagagem profissional que adquiri e creio que serei uma mediadora nesse processo ensino-aprendizagem, envolvendo o meu trabalho, de outros professores e de todos os alunos, visando à formação humana”, diz Luciana Malfussi, professora empossada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta terça-feira, dia 5. Na mesma cerimônia, Carolina Duarte e Margot Martin também tomaram posse, constituindo um trio feminino assumindo cargos de docência na UFSC em plena semana do Dia Internacional da Mulher.
No caso de Luciana, toda a trajetória percorrida até a docência foi construída na UFSC. Assim que se formou no curso de Enfermagem da universidade, ela fez residência multiprofissional em Enfermagem no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). Essa especialização, ela explica, é diferenciada por sua formação em serviço. Com a residência concluída, Luciana logo foi aprovada, em concurso público, para atuar como enfermeira no HU. E foi justamente esse trabalho um dos responsáveis por seu caminho até a docência.
No HU, o trabalho é bastante voltado para o ensino. Os profissionais, explica Luciana, trabalham orientando e supervisionando os alunos dos cursos da área da saúde da UFSC, e foi essa abordagem que, ela conta, impactou sua decisão: “Esse caminhar me despertou mais ainda a carreira acadêmica.”
A inspiração para seguir a carreira docente veio também dos encontros proporcionados pela formação. Para Luciana, essa influência veio principalmente da professora Eliane Regina Pereira do Nascimento, do Departamento de Enfermagem da UFSC. “Sua experiência, expertise e, além de habilidades técnicas, sempre empática e muito acolhedora, humanizada, me inspiraram a percorrer a carreira acadêmica”, conta a nova docente.
Para ela, inclusive, a presença feminina no ambiente acadêmico é uma questão com a qual, enquanto docente, sente que pode contribuir. “Ser mulher e docente é uma vitrine para o empoderamento feminino no campo científico”, defende.
Luciana explica que sua área de atuação, a Enfermagem, é uma profissão predominantemente feminina, mas que isso não muda sua percepção sobre a desigualdade de gênero no campo acadêmico. Ela acredita que existe uma variedade de ações que podem ser tomadas para agir nessa questão. Cita, por exemplo, “a aprovação de editais que envolvem mulheres nas ciências, principalmente pelas agências de fomento do país, como o CNPq”, projetos que são, segundo ela, “ferramentas para estimular a visibilidade feminina na docência.”
Laura Miranda
Imprensa Apufsc