Os valores discricionários estavam menores do que em 2023 e, com o aporte de R$ 250 milhões prometido, retornarão ao patamar do ano passado
O Ministério da Educação (MEC) informou à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) que vai reajustar o orçamento das universidades federais, afirmou a presidente do grupo que representa os reitores, Márcia Abrahão. Os valores discricionários estavam menores do que em 2023 e, com o aporte de R$ 250 milhões prometido, retornarão ao patamar do ano passado.
“Em 2023, houve um alívio às universidades porque vivemos com cortes nos últimos anos. Mesmo assim, algumas universidades terminaram dezembro com dívidas, uma instituição teve luz cortada por falta de pagamento e as que conseguiram pagar tudo tiveram que abrir mão de medidas importantes. A manutenção dos prédios, por exemplo, está muito defasada. Só dá para fazer o que é mais urgente”, afirmou Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Andifes, ao jornal O Globo.
A divulgação foi feita durante uma reunião nesta quarta-feira, dia 6, do MEC com a Andifes e parlamentares que integram a Frente de Educação. Procurado pelo Globo, o MEC não retornou.
Em 2023, o orçamento discricionário — que é utilizado para o pagamento de contas de custeio (luz, água, segurança, limpeza), assistência estudantil e investimentos — foi de R$ 6,1 bilhões. Neste ano, a proposta da Fazenda era repetir esse valor, mas o Congresso diminuiu o montante para R$ 5,8 bilhoes. Com os R$ 250 milhões prometidos, os valores retornariam ao mesmo patamar.
No entanto, parte dos valores que já estavam no orçamento seguem condicionados ao aumento de arrecadação. De acordo com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad), R$ 252 milhões ainda necessitam de crédito suplementar para serem liberados no futuro.
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Leia na íntegra: O Globo