Unidades sem fornecimento adequado ficam majoritariamente nas zonas rurais, segundo o Globo
O Censo Escolar, divulgado na última quinta-feira, dia 22, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), registrou quase 1,2 milhão de estudantes matriculados em 7,7 mil colégios sem acesso a água potável no país. Essa quantidade de alunos é similar, por exemplo, aos matriculados nas escolas — públicas e privadas somadas — da cidade do Rio.
Só no Pará são 198 mil nesta situação. Estados do Sul e Sudeste também possuem escolas sem água limpa para beber, como o Rio Grande do Sul (60 mil), o Rio de Janeiro (41 mil) e São Paulo (24 mil). Esses colégios estão, majoritariamente, nas zonas rurais (74%), e quase um terço fica em área indígena ou quilombola. O Censo Escolar também mostrou que há mais de 90 mil alunos estudando em escolas sem luz elétrica, a maior parte (93%) também localizada no campo.
Especialistas apontam que essa predominância se dá, entre outros motivos, por fatores geográficos. Colégios do campo e em comunidades tradicionais costumam ficar em regiões afastadas, de difícil acesso. Quase cem mil desses alunos, por exemplo, estudam em escolas abastecidas pela água do rio sem nenhum tipo de tratamento. No entanto, a má qualidade da gestão escolar e da rede também são responsabilizadas pelo cenário.
Leia na íntegra: O Globo