Avaliação anterior penalizava pesquisadoras que são mães; parecer preconceituoso de professora suscitou debate sobre igualdade de gênero na ciência, conforme a Folha
A diretoria-executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) publicou no último sábado, dia 6, uma nota em que torna obrigatória a extensão do prazo de dois anos por gestação ou adoção para avaliação de projetos de bolsistas que são mães.
A decisão vem após a repercussão do caso da professora Maria Caramenez Carlotto, da Universidade Federal do ABC (UFABC), que recebeu um parecer preconceituoso dizendo que “as suas gestações [provavelmente] atrapalharam essas iniciativas [pós-doutorado no exterior], o que poderá ser compensado no futuro”.
Após o ocorrido, Carlotto, que divulgou a carta em sua conta pessoal no X (antigo Twitter), dezenas de outras pesquisadoras afirmaram ter recebido pareceres também discriminatórios. O CNPq chegou a divulgar uma nota de esclarecimento, na qual dizia que a carta era de um parecerista ad hoc (consultor externo) e que “instruirá seu corpo de pareceristas para maior atenção na emissão de seus pareceres”.
Leia na íntegra: Folha de S.Paulo