Ainda que o país não tenha realizado uma reforma educacional nesse sentido, nas últimas décadas, diversos avanços foram centrais para a melhoria da formação e da carreira dos profissionais da educação, conforme o Nexo
O reconhecimento de que os professores são fundamentais para a melhoria da qualidade da educação colocou no centro do debate questões relacionadas à formação inicial e continuada dos professores, carreira docente, salários e condições de trabalho. Orientados por esse viés, diversos países realizaram reformas educacionais que promoveram mudanças significativas na formação e carreira docente.
Ainda que o Brasil não tenha realizado uma reforma educacional nesse sentido, nas últimas décadas, diversos avanços foram centrais para a melhoria da formação e da carreira dos profissionais da educação básica. A Constituição Federal de 1988 iniciou esse processo considerando os planos de carreiras do magistério público como estratégia importante para alcançar o objetivo de valorização profissional. O fortalecimento da coordenação nacional ao longo dos anos teve efeitos na expansão do número de professores com formação inicial em nível superior e na garantia de padrões mínimos de remuneração e jornada de trabalho. Por fim, determinadas normativas nacionais avançaram estabelecendo diretrizes relacionadas à formação continuada dos professores.
Entretanto, é importante mencionar que a desvalorização da profissão ainda caracteriza o país e há uma enorme heterogeneidade nos salários e condições de trabalho dos professores entre estados e municípios por todo o país. Isso resulta em baixos salários em comparação a outros profissionais com formação em nível superior, o que é particularmente presente em contextos marcados por grande vulnerabilidade social e fragilidades financeiras, e na pouca atratividade da carreira docente.
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