Profissionais pretos e pardos conquistaram um lugar no serviço público após a lei de reserva de vagas, mas sentem falta de pares e ainda convivem com desigualdade, conforme o Globo
Concursos públicos são vistos como instrumentos de democratização do acesso a posições no serviço público, cada vez mais cobiçadas pela remuneração acima da média e a estabilidade. No entanto, dados do governo federal mostram que, mesmo com reserva de vagas para negros, as seleções não eliminam a desigualdade racial no funcionalismo.
No Executivo federal, por exemplo, quase 40% eram pretos e pardos no ano passado, segundo os dados mais atualizados do Ipea, mas o funcionalismo é mais negro na base e mais branco no topo, onde estão os salários mais altos.
O acesso de negros ao serviço público não é o único problema. Uma vez lá dentro, pretos e pardos têm mais dificuldade de alcançar postos de liderança, com gratificações. A média salarial líquida dos servidores brancos é de cerca de R$ 9,2 mil enquanto a de pretos e pardos está na casa dos R$ 6,7 mil, uma diferença de 27% ou de R$ 2,5 mil, que aumentou. Em 2014, era R$ 1,8 mil.
Leia na íntegra: O Globo