Evento aconteceu no México e contou com a participação do presidente da federação
No dia 24 de outubro, o Proifes-Federação, representado pelo presidente da entidade, Nilton Brandão, participou da 12ª Conferência de Ensino Superior e de Pesquisa, no México. O evento foi organizado pela Internacional da Educação e pelo Sindicato Nacional de Trabajadores de la Educación (SNTE).
Durante a conferência, foram discutidos dois temas principais: o conhecimento aberto e o direito do autor; e a descolonização da educação superior. O presidente do Proifes coordenou uma oficina sobre o segundo assunto. Durante a atividade, Brandão ressaltou a necessidade de que a educação esteja centrada nos problemas das comunidades, onde estão as universidades, e não em temas de interesse dos antigos colonizadores. Assim, a proposta é de que a educação se concentre na transformação das realidades, promovendo o entendimento e a valorização da cultura e buscando alternativas para corrigir injustiças históricas.
Os sindicatos presentes foram desafiados a apresentar ações em seus países que representem essa transformação, com ênfase na promoção de justiça social e igualdade.
Além disso, o presidente do Proifes também falou sobre a implementação de cotas no Brasil, a partir de 2008. Ele ainda destacou a criação de universidades voltadas especificamente para a correção de injustiças históricas, como a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).
“A participação do Proifes na conferência reforça o comprometimento da federação com questões críticas e pertinentes dentro da construção de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Além disso, reforça a defesa do conhecimento como um bem público fundamental para o desenvolvimento de sociedades mais justas e igualitárias”, destacou Brandão.
Conhecimento Aberto x Direito de Autor
Um outro tema debatido durante a conferência foi a discussão entre conhecimento aberto e direito de autor. Na ocasião, os participantes chegaram ao consenso de que o conhecimento precisa ser livre de amarras, e a ciência deve ser de domínio público. Foi ressaltada ainda a importância de que pesquisas financiadas com dinheiro público tenham seus resultados disponíveis para toda a sociedade, e não apenas para benefício privado.
Nilton Brandão destacou que isso é essencial para promover avanços científicos e sociais. Ele também expressou o compromisso do Proifes em lutar por políticas que promovam o acesso ao conhecimento em igualdade de condições.
Fonte: Proifes-Federação