Desigualdade aparece nas chances de ingressar na universidade, mostra pesquisa inédita que analisou desempenho na prova ao longo dos anos, segundo Estadão
Pesquisa inédita que analisou as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2013 e 2021 mostra que alunos pretos, pardos e indígenas têm notas mais baixas do que brancos e amarelos, mesmo estudando em escolas particulares e com nível socioeconômico parecido. A desigualdade racial aparece no desempenho na prova e também nas chances para conseguir uma vaga no ensino superior.
O estudo tabulou ao longo dos anos as notas do Enem com as quais os estudantes conseguiram ser aprovados em cursos mais e menos competitivos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), que é hoje o maior vestibular do país.
Os resultados, segundo os autores, reforçam a importância da continuidade de políticas de cotas raciais no Brasil.
Enquanto a probabilidade de um aluno branco da rede particular estar entre as notas mais competitivas do Enem é de 33%, a de um estudante preto, pardo ou indígena também da rede privada é de 25%, mostra o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o Instituto Unibanco.
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