Federação também pediu que seja definido um calendário temático e uma metodologia para os encaminhamentos retirados de cada reunião
Na tarde desta terça-feira, dia 3, o Proifes-Federação participou de mais uma reunião da Mesa de Negociação específica com o governo federal. Na ocasião, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, e representantes do Ministério da Educação, não apresentaram nenhuma proposta concreta aos servidores em relação a reajuste salarial. Parte da programação da Semana de Luta em Defesa do Serviço Público, a reunião serviu para que as entidades reafirmassem suas reivindicações.
O Proifes apresentou as reivindicações relativas à reposição de perdas salariais acumuladas, cuja projeção até janeiro de 2024 é estimada em 35%. Além disso, foi reivindicado o piso salarial do magistério federal, considerando que uma faixa de docentes com carga de 40h e 20h tem recebimentos inferiores ao piso salarial profissional nacional. Também foi pedido o reajuste de benefícios e implementação de mudanças nas carreiras do magistério superior e EBTT.
Representaram o Proifes no encontro o secretário Lúcio Olímpio, o diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, a diretora de Seguridade Social, Raquel Nery, e o diretor de Relações Internacionais, Eduardo Rolim.
Outro ponto de destaque foi a necessidade de que a mesa setorial defina um calendário temático e uma metodologia para os encaminhamentos retirados de cada reunião. “Cobramos dos representantes do governo devolutivas de reivindicações já feitas, inclusive as que não têm implicações orçamentárias, como as relativas à superação do controle de frequência dos docentes EBTT, recomposição da CPRSC, revogação da Portaria 983/2020 e do Decreto 10.620/2021, requerendo que essas demandas sejam analisadas e posição sobre elas seja trazida ao próximo encontro”, afirmou o secretário Lúcio Olímpio.
Nota de repúdio
Após a reunião, o Proifes-Federação emitiu uma nota de repúdio à postura do Andes-SN no encontro. Confira:
O Proifes destaca a lamentável postura do Andes-SN, que através de carta encaminhada ao MGI reivindicou a retirada do Proifes da mesa, alegando ser o único representante legal da categoria. A postura dessa entidade é sintoma da grave crise que acomete parte das dinâmicas de representação classista, dinâmicas verticalizadas e centralizadoras e que, alegando o princípio constitucional da unicidade sindical, na verdade se revelam como dependentes da tutela do Estado e profundamente antidemocráticas e avessas à pluralidade.
O Proifes-Federação reafirma seu compromisso e responsabilidade com a base dos seus doze sindicatos federados (sete dos quais com suas respectivas cartas sindicais, portanto, em pleno direito de serem representados na mesa), que perfazem um conjunto de mais de 40 mil docentes e denuncia a postura inaceitável do Andes-SN, do qual, após um período de ameaças fascistas e ausência total de diálogo com o governo, esperava-se concepções e posturas compatíveis com a democracia e a solidariedade, traços indispensáveis à boa luta das e dos trabalhadoras/es.
Fonte: Proifes-Federação