Movimento seria tentativa de considerar custos e rentabilidade e evitar plano do Ministério da Previdência Social de cálculo proporcional à queda da Selic, segundo o Valor
Os bancos estudam propor ao governo uma metodologia de cálculo para o estabelecimento da taxa teto de juros que pode ser cobrada no empréstimo consignado dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Valor apurou que o movimento surge porque as instituições financeiras estão preocupadas com a intenção do Ministério da Previdência Social de reduzir o teto de forma proporcional à variação da Selic.
A avaliação do ministro Carlos Lupi é que há espaço para reduzir as taxas do consignado, principalmente no atual cenário de quedas da Selic já contratadas para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O Valor apurou que a ideia do ministério é fixar um cálculo para que, sempre que a Selic cair, o teto do consignado caia também. Seria uma modulação que levaria em conta uma rentabilidade mínima para os bancos e a variação da taxa básica, de maneira proporcional.
Os bancos, contudo, são contra a ideia. Eles defendem que o cálculo leve em conta os custos fixo e variável das instituições financeiras, incluindo o custo de captação. Esse custo de captação teria de ser, no mínimo, igual aos juros futuros com vencimento em dois anos. As taxas fixadas pelo Tesouro Nacional poderiam ser usadas como referência, mas teriam que ser no mínimo, visto que bancos pequenos e médios têm mais custo para pegar recursos no mercado – o chamado prêmio de risco.
Leia na íntegra: Valor Econômico