Projeto “Caminhos do Trabalho” visa pesquisar o vínculo entre o adoecimento dos trabalhadores e a função por eles desempenhadas
Na tarde desta segunda-feira, dia 18, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e o presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Pedro Tourinho de Siqueira, assinaram o termo de cooperação que firma a parceria entre as entidades para desenvolver o projeto “Caminhos do Trabalho”. O evento aconteceu no Auditório do Bloco Didático do Hospital Universitário (HU) e contou com a presença de entidades sindicais, alunos e autoridades da UFSC. O presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, e o diretor financeiro adjunto, Santiago Francisco Yunes também prestigiaram o ato.
De acordo com Glaucia, 104 estudantes se inscreveram para participar do projeto (Foto: Karol Bernardi/Apufsc)
“Caminhos do Trabalho” é um projeto de abrangência nacional, que visa pesquisar o vínculo entre o adoecimento dos trabalhadores e a função por eles desempenhadas, auxiliando tanto no mapeamendo dos dados, quanto no encaminhamento para a solução desses problemas. A atividade, que iniciou na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), hoje funciona também em outras dez universidades.
Na UFSC, o projeto de extensão contará com o apoio de 10 bolsistas, que irão investigar a situação do adoecimento ocupacional na Grande Florianópolis, segundo a coordenadora do projeto e professora do Departamento de História, Glaucia Fraccaro, o objetivo central é promover a efetivação dos direitos sociais. A auditora fiscal e coordenadora nacional do “Caminhos do Trabalho”, Sarah de Araújo Carvalho, completa que, ao aderir a esse acordo, “a UFSC passa a reconhecer a saúde e a segurança do trabalho como um evento extremamente importante” e somar forças.
Sindicatos, federações e centrais sindicais de diversos setores participaram do evento (Fotos: Karol Bernardi/Apufsc)
O presidente da Fundacentro destacou a importância dos sindicatos na luta pelos direitos trabalhistas e lembrou que geralmente são eles que ajudam a identificar questões críticas, se tornando essenciais para o projeto. Assim, ao final do evento, Pedro Tourinho se reuniu com as entidades sindicais presentes para compartilhar as ações que vêm sendo tomadas pela Fundação que integra o MPT. Ele afirma que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, lhe deu “carta-branca” para recuperar a Fundacentro.
O presidente da Apufsc-Sindical destacou o interesse do sindicato em contribuir com o projeto, uma vez que a categoria tem uma série de demandas sobre questões de insalubridade e periculosidade do trabalho. Fletes lembrou que a universidade tem um grupo de especialistas capazes de “fazer uma reflexão mais profunda de questões dos caminhos que temos que trilhar, não só na instituição e sim em diversos ambientes de trabalhos”.
Karol Bernardi
Imprensa Apufsc