Por Nestor Roqueiro*
“Mas é um governo que se preocupa também com a totalidade da sociedade brasileira, que precisa de uma série de investimentos em políticas públicas sustentadas com os recursos da União. Temos que equacionar todas essas demandas. Assim como os servidores, a população pobre e o Brasil como um todo também têm suas demandas. É preciso da compreensão de todos para o tamanho da reconstrução que está em andamento neste país” em https://www.apufsc.org.br/2023/08/14/em-nova-reuniao-com-servidores-governo-afirma-que-nao-pode-apresentar-proposta-de-reajuste-sem-aprovacao-do-arcabouco-fiscal/
Ou seja, vamos apelar ao emocional mostrando que tem gente em pior condição e deixar vocês, funcionários púbicos, no banho maria.
Que precisa de receita é obvio. Que o estado paga muito pela divida publica não auditada é sabido. Que a divida publica esta fora do ajuste das contas publicas necessárias para atingir o teto de gastos também é sabido. Grana há.
Também é claríssimo que sem pressão da categoria os políticos de turno, seja no governo, seja no congresso vão decidir, se quiserem, ao seu ritmo.
Mesa de negociação em um cenário como o atual é útil para mostrar as reivindicações e pouco mais. O embate, de modelo econômico, de organização de estado, ou como quiserem chamar é um jogo muito mais pesado que aquele que se pode jogar numa mesa de negociação. Tem que ser jogado na rua.
As entidades de classe tem que acordar para a realidade e saber que sem capacidade de mobilização da base pouco será conseguido e ficaremos a mercê da boa vontade do ministro do caixa.
É possível que não se consiga uma mobilização ampla, mas se não se trabalhar para isto (e não vejo nenhuma tentativa em curso) é certo que não acontecerá.
“Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” G. Vandré
*Nestor Roqueiro é professor do DAS/CTC