As péssimas condições de trabalho (degradação do espaço físico, falta de água, de bebedouros, de luz, de aparelhos de ar-condicionado etc.) que temos enfrentado na UFSC tem exasperado docentes, estudantes e TAEs. Esse problema tem dominado todas as reuniões do Conselho de Representantes da Apufsc-Sindical ao longo desse ano.
Em resposta a essas demandas, produzimos um dossiê sobre as condições de trabalho, em Florianópolis e nos campi do interior, entregue à Reitoria em 11 de maio de 2023, porque entendíamos que esse levantamento poderia ser um subsídio importante para o estabelecimento de prioridades pela Administração Central. Até agora, não recebemos nenhuma resposta. E como os recursos financeiros, com o governo que assumiu em janeiro, têm voltado a chegar na universidade com certa regularidade, só podemos inferir que, ao que tudo indica, se trata de um problema de gestão: de escolha do que fazer, de onde investir. Mas a cada dia fica mais evidente que a prioridade da Administração Central não parece ser a mesma dos/as professores/as.
No último dia 29 de junho, tivemos a sexta reunião com a Reitoria para tratar da sede da Apufsc-Sindical. Nossa reivindicação era de mantermos a sede atual, na qual o sindicato dos professores está instalado há 48 anos. Na ocasião, o reitor se comprometeu de, em 30 dias, nos dar uma resposta concreta e definitiva sobre nossa reivindicação.
No dia 5 de julho, 2023 reunião do Conselho de Representantes, que mais uma vez se manifestou sobre os dois temas: condições de trabalho e sede, solicitando que cobrássemos da Administração Central uma resposta ao nosso dossiê.
Então, no dia daquele mês, solicitamos uma audiência com a Reitoria, conforme decisão do CR. A audiência foi marcada e todos os membros do conselho convidados a participar, mas a Reitoria desmarcou a reunião. Nova solicitação foi feita pela direção do sindicato, e nova reunião foi agendada para a última quinta-feira, dia 10, às 14h Novamente, o Conselho de Representantes, conforme deliberado em reunião, foi convidado pela direção do sindicato a se fazer presente. Novamente, meia hora antes da reunião, a Reitoria alegou problemas de agenda e desmarcou.
Difícil não concluir que há má vontade da atual gestão com a Apufsc-Sindical, somada à ausência de resposta ao dossiê de entregue em maio.
Assim, duas conclusões parecem se impor: 1) as escolhas e prioridades da atual gestão parecem distantes das necessidades dos professores e professoras; 2) a Apufsc-Sindical, ou seja, os professores e professoras da UFSC, tem sido sistematicamente tratada com descaso e desconsideração pela atual gestão.