Em uma década, o número de estudantes negros nas universidades brasileiras deu um salto de 400%, destaca o jornal
O jornal francês Le Monde Diplomatique desta quarta-feira, dia 9, traz uma reportagem sobre os resultados de um sistema aplicado a partir de 2012 nas universidades federais brasileiras. “No Brasil, as cotas raciais fizeram ascender uma geração de negros graduados” é o título do texto assinado pelo correspondente do diário no Rio de Janeiro, Bruno Meyerfeld.
Estabelecido durante o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), o mecanismo que favoreceu grupos até então mantidos à distância dos estudos superiores se espalhou na maior parte dos estabelecimentos de educação, públicos ou privados, diz a matéria. O resultado é que em uma década, o número de estudantes negros nas universidades brasileiras deu um salto de 400%, publica Le Monde.
Meyerfeld entrevistou jovens que puderam se beneficiar do sistema, como a carioca Layla Vitorio Peçanha, negra, filha de um eletricista e de uma empregada doméstica, que estudou Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e hoje termina um mestrado em Saúde Pública. Segundo ela, antes que o sistema de cotas entrasse em vigor, para ela – uma pessoa originária de um bairro pobre do Rio – entrar na universidade era como “ir à lua”.
Leia na íntegra: Carta Capital