Como fruto da manifestação, no final da manhã, o MEC recebeu os representantes das entidades presentes para discussão
Nesta quarta-feira, dia 9, uma delegação do Proifes-Federação, composta por membros dos sindicatos federados, participou do ato nacional em defesa da educação pública promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelo Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE).
No período da manhã, os trabalhadores da educação realizaram um grande abraço de pressão no Ministério da Educação para pedir que o órgão se atente para as pautas pendentes apresentadas, como o estímulo ao cumprimento da Lei do Piso do Magistério e sua regulamentação, a revogação do Novo Ensino Médio, a aprovação do Sistema Nacional de Educação e do Custo Aluno Qualidade, e novas reivindicações, a exemplo do recente bloqueio de R$ 332 milhões para a educação e a saúde.
Como fruto da manifestação, no final da manhã, o MEC recebeu os representantes das entidades presentes para discussão. O diretor tesoureiro do Proifes-Federação, professor Flávio Silva, representou a entidade nesta reunião. Representando o MEC estavam o secretário executivo adjunto Leonardo Barchini, a secretária de Educação Superior, Denise de Carvalho, e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Marques.
“Já tivemos alguns avanços significativos dentro da educação, porém é preciso que o MEC avance mais em relação ao Novo Ensino Médio, na valorização dos professores e servidores públicos e no cumprimento da Lei do Piso do Magistério. São alguns desafios que o ministério tem pela frente e que iremos lutar para que sejam cumpridos”, afirmou Flávio Silva.
“Há seis anos as nossas pautas estão paradas, congeladas, e muitas das nossas lutas destruídas. Portanto, esse é um momento histórico e simbólico, pois pela primeira vez depois de seis anos as reivindicações estão sendo recebidas pelo ministério. Esperamos que elas sejam atendidas e, se não forem, estaremos aqui quantas vezes forem necessárias. O Ministério da Educação precisa entender que tem como missão defender a educação pública, os docentes e estudantes, e não defender o ensino privado”, afirmou a professora Geovana Reis, que faz parte do Conselho Deliberativo do Proifes.
Pressão na Câmara
Durante a tarde, os trabalhadores da educação se concentraram no anexo 2 da Câmara dos Deputados. Entre as reivindicações estão: que a Câmara assegure as mudanças feitas pelo Senado no projeto de lei que estabelece o novo marco fiscal, mantendo o Fundeb fora do PLP 93/2023, além das receitas da ciência e tecnologia e o Fundo Constitucional do DF; que haja amplo debate sobre a revogação da reforma do NEM; e, no âmbito da Reforma Tributária, que os parlamentares assegurem a taxação dos super-ricos e a manutenção da vinculação constitucional e dos atuais aportes financeiros à educação.
Fonte: Proifes-Federação