No último domingo, dia 9, em um evento pró-armas, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou professores “doutrinadores” a traficantes. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele continuou: “Talvez, até o ‘professor doutrinador’ seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação. Fala que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho, e aquela instituição chamada família tem que ser destruída”.
Há muito tempo sabemos que Eduardo Bolsonaro não entende nada de educação (talvez entenda de hambúrguer e de armas). De toda maneira, o mais recente ataque público do parlamentar a professoras e professores exige de nós medidas efetivas. Além de repudiar veementemente a fala do deputado federal, informamos à categoria que estamos estudando a melhor forma de ingressar com uma ação judicial contra Eduardo Bolsonaro.
A Apufsc-Sindical está estudando, junto com vários outros sindicatos de professores e professoras, se o melhor modo de agir é uma ação judicial individual pedindo reparo ou se devemos entrar com uma ação coletiva, junto também do Proifes-Federação.
A fala do deputado já tem gerado outras reações. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) disse que entrará com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ter pedido que a Polícia Federal apure os discursos. “Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, escreveu Dino nas redes sociais.
Além disso, um forte movimento que se espalhou pelo Brasil pedindo a cassação do referido deputado e já reúne mais de 200 mil assinaturas. Clique aqui para assinar!