Montante, porém, é alvo de questionamentos por embutir subsídios num momento de ajuste fiscal, aponta o Valor
Com um volume de desembolsos em queda a partir de 2014, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) planeja liberar até o fim de 2026 cerca de R$ 40 bilhões para apoiar projetos de tecnologia e inovação. A projeção inclui tanto recursos reembolsáveis como não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos), esclarece Celso Pansera, presidente da agência pública. A cifra multibilionária, no entanto, é alvo de questionamentos por embutir subsídios num momento de ajuste fiscal.
Nos cinco primeiros meses do ano, a Finep contabilizou R$ 2,1 bilhões em operações de crédito contratadas – 50% a mais do montante registrado em igual período de 2022. “Queremos ultrapassar R$ 5 bilhões [em empréstimos] neste ano”, adianta Pansera. “Se nós conseguirmos, temos R$ 7 bilhões para colocar à disposição, no mínimo”. De acordo com o relatório anual integrado de 2022 da Finep, o montante de recursos contratados somou aproximadamente R$ 6,5 bilhões enquanto os desembolsos alcançaram R$ 3,4 bilhões.
Depois de atingir um pico histórico em 2014, quando somaram R$ 4,5 bilhões em valores nominais, os desembolsos da Finep caíram para um patamar abaixo de R$ 3 bilhões nos anos seguintes. Em 2020, chegaram a R$ 1,56 bilhão. “A ciência brasileira efetivamente parou no governo Jair Bolsonaro”, afirma Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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