Kátia Klock, jornalista formada em Comunicação Social pela UFSC, dirigiu e participou da elaboração do roteiro do curta, que denuncia a falta de apoio à atividade por parte do setor público
Um ato realizado na noite desta quarta-feira, dia 17, no Plenarinho da Assembleia Legislativa (Alesc), marcou o lançamento do documentário “Ser Sustentável, Caminhos da Agroecologia em Santa Catarina”. O curta-metragem, de 47 minutos de duração, registra histórias e personagens envolvidos com a agricultura familiar e a produção orgânica de alimentos em diversas regiões do estado. O presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, participou do evento.
A abertura contou com um pronunciamento de Cátia Cristina Rommel, que atua como coordenadora da Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia, uma das entidades apoiadoras da obra, junto com a produtora Contraponto. Na ocasião, ela destacou a importância do projeto. “Este documentário registra as experiências atuais de agroecologia, protegendo a nossa história recente e a nossa memória coletiva. E é apenas a memória que garantirá que nós e as próximas gerações não passemos ao largo do que é importante, do que é historicamente a regra.”
Por parte da Contraponto falou Lícia Brancher, documentarista formada em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também participou da elaboração do roteiro do curta-metragem. Ela observou que há dez anos foi lançado, também na Assembleia Legislativa, o documentário “Brasil Orgânico”, primeiro registro de experiências ligadas à produção orgânica no Brasil, em seus diversos biomas. “É muito especial para nós, da Contraponto, estarmos aqui vendo tantas pessoas amigas, os personagens que também estão presentes nesse documentário, e saber que esse caminho todo tem uma história, de fortalecimento da agroecologia.”
Já Kátia Klock, jornalista formada em Comunicação Social pela UFSC, que dirigiu e participou da elaboração do roteiro do curta, lamentou ter tido que escolher somente algumas das inúmeras iniciativas e histórias ligadas à agroecologia no estado. Ela disse ainda que um dos objetivos da produção foi denunciar a falta de apoio à atividade por parte do setor público, mesmo diante dos comprovados benefícios que proporciona à sociedade.
“Então este é um recorte de várias iniciativas, das tamanhas iniciativas que a gente tem, bem como das coisas atuais que a gente está passando também, do quanto o cenário político afetou essa atividade nos últimos anos. E tem alguns momentos em que a gente coloca o dedo na ferida, mas também quisemos mostrar o quanto a agroecologia pode melhorar e transformar a vida de muita gente.”
A solenidade de lançamento contou ainda com a presença do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), que viabilizou o financiamento público da obra por meio de uma emenda ao orçamento estadual do ano de 2021. Na ocasião, ele afirmou que a agroecologia não deve ser entendida somente como uma forma de produzir alimentos, mas também como um modo específico de se viver e de se relacionar com o meio ambiente, que vem sendo manifestado por gerações de pessoas ao longo do tempo.
Neste sentido, o parlamentar declarou que o documentário pode servir para apoiar e reforçar este modelo no país. “Acredito que ele possa vir sim reforçar altamente a atividade e esse modo de ser na sociedade em que nós vivemos, até para se contrapor a uma série de questões que estão presentes na nossa sociedade e nos fazem refletir muito, principalmente nesses últimos tempos.”
Assista ao evento de lançamento, com exibição do documentário, na íntegra:
Imprensa Apufsc
Com informações da Agência Alesc