Enquanto que executivos em cargos de liderança tiveram um aumento de 9% em remuneração, salário do trabalhador teve 3% de aumento real.
Relatório apresentado pela Oxfam neste Dia do Trabalho (1º), batizado de “A ‘sobrevivência’ do mais rico”, aponta que o Brasil registrou queda de 6,9% em média nos salários dos trabalhadores no ano passado. Ao mesmo tempo, diretores de empresas e acionistas receberam 24% a mais em 2022 (US$ 33,8 bilhões) ao comparar com o ano de 2021 (US$ 27,3 bilhões). No Brasil, a diferença é maior que a desigualdade mundial, já que executivos em cargos de liderança tiveram um aumento de 9% em remuneração e o trabalhador na base do sistema teve 3% de aumento real.
Os números, ajustados pela inflação, são baseados em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e agências governamentais de estatísticas. A análise da Oxfam é publicada justamente no momento em que o Congresso Nacional discute a reforma tributária partindo da taxação de consumo. Atualmente, 22% da arrecadação do país é proveniente de heranças e tributação sobre a renda, enquanto mais de 50% é oriundo de impostos cobrados sobre o consumo.
Atmosfera política
Na semana passada, durante evento realizado por entidades de fiscalização de tributos em Brasília, o deputado federal e coordenador do GT da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que o Brasil tem a necessidade de votar a reforma no primeiro ano da atual gestão, já que há atmosfera para aprová-la apesar da desconfiança entre setores industriais, da população e da própria federação em relação a um imposto único.
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