Docente é criadora e coordenadora do Núcleo de Finanças Pessoais e Comportamentais da universidade
A professora Ani Caroline G. Potrich, do Departamento de Ciências da Administração, venceu, no último dia 22, em São Paulo, o prêmio Educação Financeira Transforma, do Instituto XP, na categoria de Pesquisadora. A docente, que é criadora e coordenadora do Núcleo de Finanças Pessoais e Comportamentais (Nufipec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebeu mais de 57 mil votos em sua campanha para a premiação.
A pesquisa premiada foi a criação do “Termômetro de Alfabetização Financeira”, desenvolvido a partir das pesquisas do Núcleo. O “Termômetro” é o primeiro indicador publicado em português para ser usado como instrumento de avaliação da educação e da alfabetização financeira. O produto, explica a professora, “comprova que mais importante do que as pessoas possuírem conhecimento financeiro, é que elas se comportem financeiramente bem”.
“Se temos hoje no Brasil um aumento expressivo de investidores no mercado financeiro, por outro lado fica evidente os níveis também cada vez maiores de endividamento e a falta de planejamento financeiro da população”, destaca Ani Potrich.
O prêmio contou com mais de 600 projetos inscritos e cerca de 400 mil votos entre todos os finalistas. A banca de jurados foi formada por especialistas e profissionais da área de finanças e empreendedorismo, como Nathalia Arcuri (Me Poupe), Thiago Nigro (O Primo Rico), Konrad Dantas (Kondzilla), Edu Lyra (Gerando Falcões), Thiago Godoy (XP Inc.), além da diretora de redação do InfoMoney, Raquel Balarin.
“Esse prêmio já abriu diversas portas e parcerias para conseguirmos realizar ainda mais pesquisas de qualidade e atuar junto à comunidade em projetos visando fomentar a educação financeira, levando o nome da UFSC para todo o Brasil. Hoje integro a Rede de Educação Financeira do Brasil, organizada pelo Instituto XP, a qual já está pensando em ações concretas para levar a educação financeira para todo o país”, ressaltou a docente.
“Como produto das pesquisas realizadas, é possível identificar os grupos mais vulneráveis e com menores índices de educação financeira e padrões comportamentais, tornando-se o foco da atuação do núcleo na sociedade. Assim, além de coletar dados para pesquisar e entender melhor os caminhos da educação financeira, também se tem como preocupação devolver para a sociedade o investimento que é realizado. Ensinando, por exemplo, aos professores da rede básica de ensino de Santa Catarina, como levar a educação financeira para dentro de sala de aula, auxiliando na transformação do futuro, ao cuidar do nosso presente”, conclui.
Fonte: Notícias da UFSC