Colocações da categoria devem integrar o documento que será enviado pela Apufsc-Sindical ao Proifes-Federação, que integra a Mesa Permanente de Negociação
A Apufsc-Sindical reuniu a categoria docente das universidades federais de Santa Catarina na manhã desta quarta-feira, dia 15, de forma híbrida, para discutir a contraproposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal após reunião da Mesa Permanente de Negociação, que aconteceu na última sexta-feira, dia 10. A contraproposta foi de 9% linear sobre os vencimentos dos/as servidores/as, a partir de maio, e se manteve o percentual de 43,% no auxílio-alimentação. Ao todo, cerca de 60 pessoas participaram da reunião, sendo 20 presencialmente no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC, em Florianópolis, e os demais por meio de videoconferência no Zoom e transmissão ao vivo no canal da Apufsc no Youtube.
Considerando as dificuldades estatutárias para convocação de uma Assembleia Geral, que exige de 5% das pessoas filiadas presentes e mais 72 horas legais para votação, e diante do processo de negociação do reajuste emergencial e a necessidade de enviar, até esta quarta-feira, dia 15, uma avaliação das bases ao Proifes-Federação para a próxima reunião com o governo, optou-se por uma reunião ampliada da Diretoria. Assim, a Diretoria ouviu os presentes e, por unanimidade da categoria, compreendeu que a proposta de reajuste emergencial de 9% deveria ser aceita condicionada à instituição de uma mesa nacional setorial, com os objetivos de recompor as perdas salariais, rediscutir a carreira do magistério e defender a instauração de uma data-base para os reajustes futuros.
O vice-presidente da Apufsc-Sindical, Adriano Luiz Duarte, apresentou a contraproposta do governo federal e a orientação da Diretoria quanto à questão, que é aceitar a proposta com a condição de que sejam abertas mesas setoriais de negociação. Dessa forma, é possível discutir carreira docente e reposição das perdas salariais, que já são de 42,52%.
“A gente quer repor as perdas salariais que a gente teve desde o fim do governo Dilma. Como a gente repõe isso? Vamos estabelecer um plano de reposição para que a gente termine esse governo repondo o salário inicial? Eu não sei se a gente consegue isso só na discussão de salário. E aí entra a discussão sobre carreira”, defendeu Adriano.
Bernardo Walmott Borges, representante do campus Araranguá na Diretoria da Apufsc-Sindical e representante do sindicato no Conselho Deliberativo do Proifes-Federação, complementou a colocação do vice-presidente: “Da maneira como está acontecendo a negociação em Brasília, via fóruns, a gente de fato quer que essa negociação se encerre logo. É claro, com todas essas ressalvas de que 9% está longe de ser o ideal. Para que nós possamos entrar nas mesas de negociações setoriais o mais rápido possível, para a gente discutir a LOA [Lei Orçamentária Anual] 2024.”
A mesa diretora da reunião ampliada foi formada pelo presidente da Apufsc, José Guadalupe Fletes e pela secretária-geral, Viviane Maria Heberle. A equipe executiva da Apufsc realizou o evento (Fotos: Lais Godinho/Apufsc)
Os/as docentes presentes concordaram com a orientação da Diretoria, com algumas colocações. Foi destacada a importância de iniciar a discussão sobre reajuste salarial de 2024, que deve recompor o salário, e trazer de volta a data-base. A Diretoria assumiu o compromisso de incorporar as colocações no ofício que deve encaminhar ao Proifes-Federação. A entidade, à qual a Apufsc é filiada, participa da Mesa de Negociação e apresentará as deliberações dos sindicatos federados na próxima rodada com o governo federal, que deve acontecer nesta sexta-feira, dia 17.
Por fim, caso a contraposposta do governo seja aceita na próxima reunião com as entidades representativas, por sugestão da categoria na reunião ampliada da Diretoria, será realizada uma Assembleia Geral para deliberação do sindicato.
:::: Leia a resolução do Proifes-Federação sobre as negociações do reajuste salarial
Assista à reunião ampliada na íntegra:
Lais Godinho
Imprensa Apufsc