Modelo do Sisu também faz com que haja “reprovações injustas”, mas pode ser facilmente resolvido, afirma pesquisador ao Globo
Dados do Ministério da Educação mostram que os cotistas enfrentam as maiores concorrências na disputa por uma vaga na universidade pública do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Isso é gerado, apontam especialistas, pela grande divisão das cotas, o que acarreta um baixo número de vagas por cada tipo de reserva de vagas. Uma disputa em 2022 teve quase 290 candidatos cotistas por vaga. Já em 2019, um curso registrou 650 cotistas por aprovado.
No Sisu, cada curso possui diferentes disputas: uma entre alunos sem cota (a ampla concorrência) e várias outras entre as diferentes reservas de vagas, por escola de origem, renda, raça, deficiência física e combinações dessas categorias (como raça mais renda, por exemplo). Em 2022, havia 41 mil dessas disputas no Sisu. Dentre elas, o grupo das 410 mais concorridas (ou seja, o 1% com maior relação candidato-vaga) era formado majoritariamente (81%) por disputas entre cotistas.
Naquele ano, para conseguir passar em Medicina na Universidade Federal do Acre, 289 egressos da escola pública competiam por apenas uma vaga. Já na ampla concorrência, essa relação era de 38.
Leia na íntegra: O Globo