Presidente enfatizou o compromisso do governo federal em ter um amplo espaço para discussões que envolvam a defesa dos direitos dos trabalhadores
Na tarde desta quarta-feira, dia 1º, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu representantes da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) no Palácio do Planalto. Presente em 21 países, a CSA representa mais de 55 milhões de trabalhadores.
“Minha causa é recuperar o direito do povo trabalhador viver de cabeça erguida, comer três vezes por dia, sonhar em fazer universidade, morar bem e fazer o que tiver vontade. Esse mundo a gente pode criar no Brasil, no Uruguai, no Chile, na Bolívia, no Equador”, disse o presidente.
No encontro, o presidente enfatizou o compromisso do governo federal em ter um amplo espaço para discussões que envolvam a defesa dos direitos dos trabalhadores diante de uma realidade de mercado desafiadora. A busca, defende Lula, é por garantir a todos o direito de viver com dignidade do próprio trabalho, com um salário justo e com um sistema de aposentadoria de qualidade.
“Cabe aos dirigentes encontrar uma saída que permita que a classe trabalhadora do mundo inteiro possa reconquistar o seu espaço. Não apenas na relação com empregadores, mas nas conquistas da seguridade social que os trabalhadores estão perdendo em muitos países”, afirmou Lula. “No Brasil, temos uma imensa maioria de trabalhadores temporários, que sequer tem onde reclamar quando algo acontece”.
No contexto regional, o presidente da República defendeu o trabalho conjunto na América Latina. “Nós haveremos de construir essa América Latina mais unificada se a gente compreender que juntos nós seremos mais fortes e que sozinhos seremos muito fracos”, completou. “Minha causa é recuperar o direito do povo trabalhador viver de cabeça erguida, comer três vezes por dia, sonhar em fazer universidade, morar bem e fazer o que tiver vontade. Esse mundo a gente pode criar no Brasil, no Uruguai, no Chile, na Bolívia, no Equador”, disse Lula.
Regras do jogo
O evento contou com a presença de José Alberto “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai e militante histórico em torno de causas sociais. Ele defendeu a união das forças das Américas independentemente do posicionamento político. “Essa é uma lição que precisamos aprender. Precisamos nos unir para defender o nosso comércio, as nossas leis e para auxiliar os nossos trabalhadores. Somente nos unindo podemos começar a mudar as regras do jogo”, declarou. Amigo de longa data do presidente brasileiro, Mujica recebeu de Lula uma versão ampliada de uma foto dos dois dentro do Fusca azul do ex-presidente uruguaio. A imagem foi captada em janeiro pelo fotógrafo Ricardo Stuckert, durante encontro de ambos em Montevidéu após uma agenda de trabalho do brasileiro no Uruguai.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, pontuou a missão que foi dada pelo presidente Lula de fortalecer os direitos dos trabalhadores. “O presidente foi enfático. Nós precisamos de sindicatos mais fortes. Precisamos valorizar a negociação e o contrato coletivo. É por aqui que nós faremos mais empregos e empregos de qualidade. Não é o subemprego, não é a subcontratação, não é o emprego precário”, disse. Além disso, reforçou o desafio de retomar a política de valorização permanente do salário mínimo. “Para ser o salário base do país, que estimula a formalização e o contrato coletivo de trabalho”, completou.
O secretário-Geral da CSA, Rafael Freire Neto, destacou que a associação vai se esforçar para avançar na integração do movimento sindical das Américas que sirva ao povo, além de apoiar a jornada intercontinental pela democracia. “Hoje temos que organizar nossos trabalhadores defendendo a democracia. Colocar o trabalho e emprego no centro do modelo e o Estado tem um papel muito importante”, destacou.
Também estiveram presentes ao evento Jordania Miguelina Ureña Lora, secretária-geral adjunta da Confederação Sindical Internacional; Francisca Jiménez Paniagua, presidente adjunta da CSA; Fred Redmond, vice-presidente da Federação Americana do Trabalho; Rafael Freire Neto, secretário-geral da CSA, e Antonio de Lisboa Amancio Vale, presidente-adjunto da Confederação Sindical Internacional.
Fonte: Governo Federal