Dados dos dois principais órgãos de fomento à formação de profissionais e ao financiamento de pesquisas mostram que o Brasil ainda precisa avançar para garantir a entrada e manutenção de mulheres na ciência, aponta o Globo
Aos 6 anos, Rayca Santos sonhava em se tornar dançarina. Dez anos depois, agora seu maior desejo é criar um software de inteligência artificial. A mudança radical de perspectiva tem explicação: o incentivo de professores em sua nova escola, o Centro de Ensino Médio 111, no Recanto das Emas, em Brasília. Rayca é uma das bolsistas de ensino médio de um projeto desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB) para atrair meninas para a carreira de Física e contemplado com financiamento do programa “Meninas na Ciência” do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“É necessário mais incentivo para crianças e adolescentes, porque somos influenciadas pelo que assistimos. Quando eu era criança, não sentia vontade de ser cientista e trabalhar na área de tecnologia, porque nos filmes eu sempre via homens nessas funções”, conta Rayca.
Dados dos dois principais órgãos de fomento à formação de profissionais, a Capes, e ao financiamento de pesquisas, o CNPq, mostram que o Brasil ainda precisa avançar para garantir a entrada e manutenção de mulheres na Ciência. Embora elas recebam a maior parte das bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Capes, no mais alto nível a realidade é diferente. Apenas 35% das bolsas de produtividade, concedidas no topo da carreira, são concedidas às pesquisadoras.
Leia na íntegra: O Globo