Com lançamento da inteligência artificial de geração de texto, docentes preveem que avaliações terão de ter maior foco na resolução de problemas e admitem volta de trabalhos escritos à mão
Lançado no final de novembro do ano passado, o ChatGPT, uma inteligência artificial de geração de texto (GPT-3) em uma interface de uso simples (um chat, como o próprio nome diz), desenvolvida pela empresa OpenAI, se popularizou rapidamente e já dá dor de cabeça para universidades dos Estados Unidos. Por lá, alguns professores estão reestruturando suas disciplinas, realizando mudanças que incluem mais provas orais, trabalho em grupo e trabalhos escritos à mão no lugar dos digitados.
No Brasil, ele chegou quando o semestre se encerrava, mas, agora, professores de instituições como a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o Insper, a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) já estudam como adaptar planos de ensino e também a forma de avaliar os alunos, principalmente nas disciplinas mais “conteudistas”. No entanto, reconhecem que é impossível prever tudo que pode acontecer com a inserção da nova tecnologia no cenário educacional, vai ser preciso “trocar a roda, com o carro andando”, dizem.
A avaliação deles é de que “não há como nadar contra a maré” e de que é melhor ter o ChatGPT como aliado, não como inimigo. Isso considerando que a nova tecnologia não deve causar só impactos negativos, pelo contrário, se bem utilizada, pode otimizar o processo de ensino-aprendizagem.
Leia na íntegra: Estadão