Nas ações, grupo de advogados alega má-gestão do governador sob o argumento de que a defesa dos bolsonaristas não seria da competência da instituição catarinense, destaca o Globo
O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) se tornou alvo de ações que correm na Justiça estadual por ter enviado defensores públicos catarinenses para auxiliar terroristas presos nos atos que culminaram na depredação da sede dos Três Poderes no último dia 8. Três dias após as manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o chefe do Executivo catarinense publicou no Diário Oficial a designação de quatro servidores para “acompanharem a situação dos(as) cidadãos(ãs) catarinenses detidos(as) em Brasília-DF”. À época, cerca de 20 catarinenses estavam sob custódia na capital — número que chegou a 31.
Nas ações protocoladas por um grupo de advogados, o governador catarinense é acusado de má gestão dos servidores. Os advogados Gabriel Kazapi, Sergio Graziano Sobrinho, Eduardo Baldissera Salles e Prudente Silveira Mello entendem não ser da competência da Defensoria Pública do Estado acompanhar cidadãos detidos em outras regiões do país. O argumento foi validado por especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.
O caso é investigado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina, em uma ação popular que corre na 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital e pelo Tribunal de Contas do Estado, que apura eventual improbidade administrativa. A Assembleia Legislativa de SC (Alesc) também foi acionada para investigar possível crime de responsabilidade.
Leia na íntegra: O Globo