Professora ouvida pelo Jornal da USP comenta que o problema é a falta de financiamento, que reflete na desvalorização da pesquisa e do ensino superior no Brasil nos últimos cinco anos
A educação no Brasil é sempre um tema sobre o qual há muita discussão e constantemente está em pauta sua desvalorização como um todo. Da educação básica ao ensino superior, os investimentos, as políticas públicas, a reforma do ensino médio, as cotas, entre tantos outros, passam por um momento difícil.
A Lei Orçamentária deste ano prevê R$ 17 bilhões para a educação, o que representa 41,98% do orçamento de 2014, que foi de R$ 40,76 bilhões, segundo relatório do Observatório do Conhecimento. Esse montante é cerca de 17,68% menor do que o do ano passado. “Reflete, então, um desinvestimento e uma desvalorização da pesquisa e do ensino superior no Brasil nos últimos cinco anos”, diz Iracema Nascimento, professora da Faculdade de Educação da USP.
A boa notícia é que, na última semana, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou que conseguiu negociar com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) – presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente – para que a MP proposta pelo antigo governo, que congelou os recursos, não seja votada. Assim, a ministra prevê que R$ 4,2 bilhões sejam liberados para investimentos em ciência. O orçamento da pasta, com esse aporte, fica em R$ 9,4 bilhões.
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