Levantamento mostra que categoria não tem recebido o valor mínimo determinado pelo próprio MEC
Docentes efetivos do magistério superior (universidades federais) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT/institutos federais) estão com os salários defasados em mais de 40%, considerando as perdas acumuladas desde 2015, descontados os reajustes obtidos no acordo firmado entre Governo Federal e Proifes-Federação. A informação é do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato).
Atualmente, o piso salarial de um docente graduado, com carga horária de 40 horas semanais, é de R$ 3.130,85. Comparativamente, a remuneração dos docentes federais representa 70,8% do valor mínimo pago aos profissionais da educação básica, que foi reajustado para R$ 4.420,55. O aumento de 14,9% foi anunciado nesta semana pelo Ministério da Educação.
Em outubro do ano passado, quando ainda era candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a falta de reajuste salarial do funcionalismo público. “Os servidores públicos federais estão há quase sete anos sem aumento”, disse.
O Proifes-Federação já encaminhou solicitação de audiência ao ministro da Educação para que a pauta de reivindicações da categoria seja apresentada. A entidade também pretende mostrar que o Governo Federal não tem pago aos professores federais o piso salarial determinado pelo próprio MEC. As entidades sindicais também cobram da atual gestão a criação de um grupo permanente de negociação com os servidores públicos.
Fonte: Adufg-Sindicato