Seção “Igualdades”, da revista Piauí, apresenta um panorama, em dados, sobre as bolsas de pesquisa da ciência brasileira
Primeira mulher a comandar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos disse que financiar a pesquisa é uma forma de investir no futuro do país. Na última década, os orçamentos da educação e da ciência foram continuamente reduzidos, e a crise alcançou a Capes e o CNPq, responsáveis pelo financiamento da pesquisa científica no Brasil. Em sete anos, o governo federal deixou 12.473 estudantes sem bolsa de pesquisa. É mais que a população de uma cidade como Tiradentes. Hoje, uma bolsa de doutorado corresponde a um terço do salário mínimo ideal; a última vez em que atingiu o valor foi em 2001. O =igualdades, da revista Piauí, traduz a penúria nas bolsas de incentivo à pesquisa.
Entre 2014 e 2021, o governo federal deixou sem bolsa de pesquisa 12.473 pesquisadores – mais que a população de uma cidade como Tiradentes. As bolsas de iniciação científica, pagas a estudantes de graduação, foram as mais afetadas. Apesar dos cortes, o doutorado teve um aumento de 7052 bolsas, quase 18% a mais em relação a 2014, sendo a única modalidade que não sofreu redução em 2021. No mestrado, 5974 pesquisadores ficaram sem financiamento — uma redução de 12% no mesmo período.
Segundo dados do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), em 2020, somente 46.100 dos 124.530 doutorandos recebiam bolsa da Capes, ou seja, de cada 10 pesquisadores, apenas 3 tiveram financiamento do órgão. Em 2015, o número de pós-graduandos era menor, mas a porcentagem de contemplados era maior: 43 mil dos 102 mil doutorandos tinham bolsa, cerca de 42% do total.
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