Documento é resultado de vistorias técnicas realizadas entre os dias 8 e 11 de janeiro nos edifícios
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou ao Ministério da Cultura (Minc), na tarde desta quinta-feira, dia 12, relatório descritivo-fotográfico que apresenta um panorama dos danos causados a bens arquitetônicos protegidos pelo Instituto, nas sedes dos três Poderes e em seu entorno, em Brasília (DF). O documento servirá de base para nortear as próximas ações das instituições envolvidas, além da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Durante o encontro com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, técnicos do Iphan apresentaram as informações contidas no documento, destacando as responsabilidades que cabem ao órgão no que diz respeito à recuperação dos bens.
O coordenador-técnico substituto do Iphan-DF, Maurício Goulart, explica que o relatório indica três tipos de ações de restauração dos bens. “As ações emergenciais são aquelas voltadas para o restabelecimento do funcionamento dos edifícios, como danos em pisos, paredes e vidraças quebradas, e já estão em andamento”. “De maneira geral, o relatório mostra que a maioria dos danos aos edifícios é reversível”, conclui o técnico. Já as ações de médio prazo são aquelas que dependem de mapeamentos de danos e projetos de restauração. As de longo prazo, por sua vez, são a execução das obras decorrentes dos projetos.
O relatório
O documento está dividido em quatro partes. Na primeira, são descritos os principais danos aos bens móveis e imóveis, com a listagem de medidas emergenciais, de médio e de longo prazo que podem ser tomadas com o objetivo de restaurar e devolver os bens a seu estado prévio.
Na segunda, são enumeradas possíveis fontes de recursos para apoio às ações de recuperação, que podem ser pleiteados à Unesco, em razão do Conjunto Urbanístico de Brasília ser inscrito na Lista do Patrimônio Mundial.
A terceira, por sua vez, apresenta um levantamento preliminar de corpo técnico do Instituto, que pode contribuir com etapas posteriores do processo de análise e restauro.
A última apresenta os registros fotográficos das vistorias, com a descrição sintética dos danos encontrados.
Fonte: Iphan