Documentário apresenta história de Gracinha, separada de filhas pequenas em comunidade quilombola
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove nesta sexta-feira, dia 25, a exibição e debate do documentário “Pele Negra, Justiça Branca: Onde estão as filhas de Gracinha?”, no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE). O evento contará com a abertura do grupo de dança Mittos e mediação do debate pelo Movimento Negro Unificado (MNU).
O documentário apresenta a história de uma mãe negra, Gracinha, que foi separada de suas filhas pequenas em uma comunidade quilombola. O filme apresenta essa ruptura familiar, detalhando o caso, os procedimentos jurídicos que justificaram a perda da guarda das crianças e ressalta a violência promovida pelo Estado, contra o povo negro como um todo.
Maria das Graças, ou Gracinha, como é conhecida, teve em 2014 suas duas filhas caçulas retiradas pelo Estado. A separação de mãe e filhas biológicas ocorreu “sob alegações perversas de um racismo mascarado e que escancara as dores e assimetrias produzidas até hoje pela escravização do povo negro”, sustentam as realizadoras do documentário.
Gravado na Comunidade Remanescente do Quilombo Toca/Santa Cruz (SC), em 2019, o filme tem Cinthia Creatini da Rocha, Vanessa Rosa Gasparelo e Valeska Bittencourt na direção, e foi contemplado com recursos do Prêmio de Cinema Catarinense, da Fundação Catarinense de Cultura. O caso ganhou espaço na mídia através das denúncias do Movimento Negro Unificado de Santa Catarina (MNU/SC).
Fonte: Notícias UFSC