Pasta entra no último trimestre do ano com 75% dos recursos empenhados. Mas análise realizada pela SBPC revela baixa alocação nos projetos finalísticos, sucateamento, riscos ao pagamento de bolsas e congelamento do FNDCT
A falta de recursos para a continuidade da pesquisa científica no Brasil, especialmente a pesquisa básica conduzida pelas universidades públicas, tem sido amplamente denunciada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e outras proeminentes entidades civis do país há anos. Porém, próximo ao término de 2022, o quadro da execução orçamentária do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) revela o quanto a situação tornou-se dramática, agora colocando em risco a própria existência de unidades da pasta.
De acordo com os dados oficiais sobre o orçamento do MCTI, 74,91% dos recursos disponíveis até 3 de outubro de 2022 estavam devidamente empenhados, ou seja, comprometidos com a execução em cada programa ou atividade da Pasta. O valor mostra que a execução estaria num compasso adequado em relação ao calendário anual, mas esta percepção oculta problemas sérios no fluxo de recursos para as atividades finalísticas do Ministério.
Estudo realizado pela Assessoria Parlamentar da SBPC revelou situações preocupantes sobre o funcionamento do MCTI em 2022 e o sufocamento fiscal infligido à Pasta pela política econômica adotada pelo governo federal.
Leia na íntegra: Jornal da Ciência