Enquanto a emigração de talentos continua na região, especialistas pedem para aproveitar as conquistas científicas contra o coronavírus e fortalecer os sistemas nacionais, destaca reportagem da SciDev.Net
Com quatro países da América Latina e do Caribe entre os 10 melhores do ranking global de fuga de cérebros de 2022, a região passa pelos primeiros estágios do pós-pandemia entre os desafios e a necessidade de agir contra esse fenômeno que persiste, o que contribui para a desmotivação do trabalho científico local e subtrai soberania e desenvolvimento das capacidades nacionais.
A situação econômica e política, assim como a violência e a insegurança em alguns países latino-americanos, aprofunda as condições desfavoráveis que historicamente levaram à emigração de profissionais especializados. A pandemia, entretanto, aprofundou a emigração em vários países e, embora em alguns — como o México — tenha reduzido a saída de jovens devido à limitação da mobilidade internacional, em 2021 os números voltaram à tendência ascendente habitual.
As vozes mais encorajadoras indicam que a reavaliação do trabalho científico para aliviar a pandemia a partir do nível local pode ser um incentivo para que os governos tomem medidas para impedir a saída de talentos.
No Brasil, além das limitações trabalhistas típicas dos países em desenvolvimento, existem também as condições políticas e sociais, que constituem outro fator de emigração. Durante a presidência de Jair Bolsonaro, o orçamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações de 2021 foi quase 80% inferior ao executado em 2008, segundo artigo publicado em Argumentos: Revista de crítica social, da Universidade de Buenos Aires, Argentina.
Leia na íntegra: Jornal da Ciência