Petista não cita profissionais do ensino em programa de governo, enquanto atual presidente afirma que “pais são os principais atores na educação das crianças”
Enquanto o plano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não faz menção direta aos professores, que comemoraram seu dia neste sábado, 15, o programa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) é enfático em dizer “os pais são os principais atores na educação das crianças e não o Estado”. A campanha de Bolsonaro registrou um programa mais extenso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas as propostas são genéricas e sem metas, assim como as de Lula.
Defensor dos métodos de homeschooling, ou ensino doméstico, Bolsonaro fez um aceno aos professores no programa oficial. “Há que se dar atenção aos professores por intermédio de cursos presenciais ou a distância que os qualifiquem a ensinar novas disciplinas a esses jovens”, destaca o plano. “Sem professores valorizados e motivados não é possível um ensino de qualidade.
Para tanto, no segundo mandato do presidente Bolsonaro, serão reforçadas as ações de promoção das políticas de formação e valorização dos professores, fortalecendo os planos de carreira e remuneração, melhorando as condições de trabalho e saúde e fornecendo formação inicial e continuada que estimule a articulação entre teoria e prática.”
Mais enxuto, o plano de governo de Lula não cita diretamente os professores e aposta nas críticas à gestão do governo atual. “Educação, Ciência e Tecnologia sofrem ameaças, cortes de investimentos e mudanças regressivas, enquanto a Cultura é perseguida e até criminalizada”, avalia o programa, já em sua abertura.
O plano do candidato petista defende a continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e em outras políticas públicas, bem como a inclusão e permanência da população LGBTQIA+ na educação – dois temas completamente ignorados pelo plano de Bolsonaro.
“O país voltará a investir em educação de qualidade, no direito ao conhecimento e no fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, Estados, Distrito Federal e municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação e revertendo os desmontes do atual governo”, afirma o plano de Lula.
Leia na íntegra: Estadão