Jornal O Globo contratou o Ipec para identificar o que os brasileiros percebem como os maiores problemas do país
Em uma conjuntura agravada por causa da defasagem provocada pela pandemia, os brasileiros avaliam que a baixa qualidade do ensino, os salários insuficientes dos professores e o desinteresse dos alunos são os principais problemas da educação pública no país. Para reverter o quadro, a população defende que as escolas preparem melhor para o mercado de trabalho e incrementem os vencimentos dos magistrados. Os dados estão disponíveis em duas pesquisas realizadas pelo Ipec, a pedido do jornal O Globo — de acordo com os levantamentos, a educação é citada por 28% como o maior problema do país, atrás do desemprego, corrupção e saúde.
As informações disponíveis em avaliações internacionais e nacionais corroboram a análise, já que expõem uma progressão lenta do aprendizado. Nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o país pulou, em leitura, de 396 pontos, em 2000, para 413, em 2018. Já em matemática, foi de 356, em 2003, para 384, em 2018. Houve avanço, é verdade, mas os brasileiros ainda estão no último pelotão.
Essa situação não tem apenas efeito negativo na vida de milhões de estudantes, que veem seus sonhos ameaçados ou frustrados. Para o país, as consequências também são devastadoras. Em 2018, o economista e pesquisador Eric Hanushek, da Universidade de Stanford, projetou que, se todas as crianças brasileiras completassem o ensino básico em escolas com um mínimo de qualidade, o aumento de produtividade elevaria de forma acentuada o Produto Interno Bruto (PIB), e os salários cresceriam em até 30%.
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