Reagir a prejuízos da pandemia na educação é desafio de próximo presidente em meio à queda de orçamento, aponta a Folha
No único debate presidencial realizado até agora, dia 29, por iniciativa da Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura, a palavra educação foi mais repetida (56) do que termos como corrupção (41), economia (32) e saúde (14). Mas isso não significa que o tema seja uma genuína preocupação política.
A cada eleição resgata-se o simpático mantra de que a educação é a prioridade e, ano após ano, o país fica mais refém do que se viu no debate, bem como do que percorre os programas de governo dos candidatos: um caldo ralo de boas intenções mas sem a substância que o nosso atraso educacional (e civilizatório) exige.
O país experimentou nas últimas décadas avanços importantes de escolarização, mas o quadro ainda é muito preocupante. Segundo dados de 2020, três em cada dez jovens de 19 anos não haviam conseguido terminar o ensino médio. Essa proporção sobe para quatro em cada dez quando esses jovens são negros e pobres.
O prolongado fechamento de escolas por causa da pandemia de coronavírus ampliou significativamente esse desafio, ao afastar crianças e jovens da escola e do aprendizado, impactos que foram maiores entre os mais pobres. Recuperar o tempo perdido e, sobretudo, trazer de volta à sala de aula aqueles que abandonaram os estudos são urgências sobre as quais o país já deveria estar mobilizado.
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo