A cinco dias do fim do prazo para o governo federal enviar o Orçamento de 2023 para o Congresso, ainda não foi definida a recomposição
A cinco dias do fim do prazo para o governo federal enviar o Orçamento de 2023 para o Congresso, ainda não foi definido o percentual que garantirá reajuste salarial para os servidores públicos. Entidades sindicais encaram a situação como uma espécie de “calote”. Sem esse valor não é possível assegurar a realização de concursos, a reestruturação de carreiras, o reajuste salarial e nem de benefícios como plano de saúde e auxílio alimentação.
Na última terça-feira, dia 23, mais uma reunião entre representantes do funcionalismo e integrantes do Ministério da Economia terminou frustrada.
“Lamentável que o governo continue com o mesmo desprezo ao funcionalismo demonstrado desde o início deste mandato”, comentou o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva.
Com quatro reuniões fracassadas, os servidores têm adotado um discurso duro contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nada do que foi anunciado por este governo aos servidores se cumpriu”, reclama Sérgio.
A estagnação nas negociações se deve ao fato de a equipe do ministro Paulo Guedes não encontrou fontes robustas de receita, segundo apurou o Metrópoles, para garantir um aumento que atenda o desejo dos servidores, que cobram 19,99% de reposição.