Manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP começou com mais de três mil signatários e foi aberto para o público em geral no dia 26 de julho, destaca o Estadão
A carta pela democracia organizada pela Faculdade de Direito da USP alcançou 1 milhão de assinaturas nesta quinta-feira, dia 11, dia em que foi lida no Largo de São Francisco, em São Paulo. O manifesto, redigido em meados de julho em reação às investidas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas, teve inicialmente 3 mil signatários de diferentes setores da sociedade civil e viu o número de adesões crescer consideravelmente após ser aberto ao público em geral, em 26 de julho. O texto foi lido em pelo menos 77 faculdades de Direito em 26 Estados e no Distrito Federal, conforme levantamento do ex-presidente da Federação Nacional dos Estudantes de Direito Rodrigo Siqueira Junior. A Apufsc fez a transmissão da leitura ao vivo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.
O diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, celebrou o feito. “Maior ‘Pindura’ da história! UM MILHÃO DE SUBSCRITORAS e SUBSCRITORES. ‘Pindura’ a ditadura! Parabéns às brasileiras e aos brasileiros que aderiram à Carta pela Democracia. Viva a ‘cartinha’”, escreveu. Dias atrás, o presidente Bolsonaro minimizou a importância do documento e disse não precisar de “cartinha”.
O “Pindura” é uma tradição entre estudantes de direito em que, no dia 11 de agosto — dia em que o imperador D. Pedro I instituiu os dois primeiros cursos de Direito no País — alunos celebram o dia comendo e bebendo em restaurantes sem pagar a conta.
Leia na íntegra: Estadão