Autoridades da USP dizem que os textos representam os sentimentos da sociedade, destaca o Jornal da USP
Por todo o Brasil, via sites e mídias sociais, ecoará a leitura, na Faculdade de Direito da USP da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, nascida nas Arcadas do Largo de São Francisco, que já conta com mais de 800 mil assinaturas, e a Carta em Defesa da Democracia e da Justiça, que reúne a assinatura de 108 entidades empresariais, sindicatos trabalhistas e associações civis, como Fiesp, Febraban, Cut e similares, entre muitas outras. O evento também será transmitido pela Apufsc, no Auditório da Reitoria UFSC.
“Parecia que o País estava mais ou menos adormecido, em berço nada esplêndido. Um país que parecia apático diante dos permanentes e constantes ataques à democracia”, diz Maria Arminda do Nascimento Arruda, vice-reitora da USP. “Essa paralisia é rompida com a carta, o que mostra que a USP também passou a ter um papel de protagonista.” Para ela, a cerimônia representa, acima de tudo, a retomada das ações coletivas da sociedade civil contra as constantes ameaças à democracia brasileira e aos seus instrumentos, especialmente às eleições diretas, que emanam de Brasília nos últimos anos.
“O número me surpreende muito. Não passava pela nossa cabeça que chegaríamos ao alcance que chegamos. Tem todas as profissões e vários setores, 800 mil é um número muito expressivo”, diz o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, sobre evento nascido de sugestões de ex-alunos, que relembravam a importância da Carta aos Brasileiros, de protesto contra as arbitrariedades da ditadura militar em 1977, lida no pátio da faculdade, pelo respeitado professor Goffredo da Silva Telles, que plantou uma contestação ao regime cuja derrubada vingou oito anos depois.
Leia na íntegra: Jornal da USP