Desmonte promovido pelo governo compromete futuro do ensino superior público, ressaltam colunistas da Folha
O Brasil tem hoje 68 universidades federais, sem contar institutos federais de ensino técnico e tecnológico. Estamos falando de um sistema constituído a partir de um trabalho de décadas, que passou por diversos governos – alguns com mais apoio e outros menos. Diante da realidade atual, não é exagero dizer que o país vive um dos piores, se não o pior momento, para as suas universidades.
Contraditoriamente, estas mesmas instituições resistem e continuam não só sobrevivendo, como enfrentando a pandemia com ações e soluções, como mostrou o Painel SoU_Ciência das Universidades em Defesa da Vida. Paralelamente, também sabemos que as federais figuram como as melhores universidades brasileiras, bem como as instituições de maior qualidade na América Latina.
Um paradoxo, mas que tem explicação. As universidades federais constituem um sistema que passou por um intenso processo de expansão e apresentam uma força de trabalho de alto nível que ganhou certa vitalidade a partir da expansão ocorrida, porém inacabada, entre os anos 2007 a 2014.
A pergunta que no momento fazemos é: quanto tempo mais essas universidades, responsáveis por boa parte da pesquisa desenvolvida em prol da nação, poderão sobreviver frente aos cortes orçamentários?
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo