Organismo responsável pelo Enem se tornou foco de crises e vai para quinta chefia na gestão Bolsonaro, destaca o Globo
Faltando menos de quatro meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vive mais uma reviravolta. Na quarta-feira, dia 27, foi anunciada a saída do presidente Danilo Dupas, substituído interinamente por Carlos Moreno, funcionário de carreira do Inep. Seria apenas uma questão burocrática, não fosse Moreno o quinto a assumir o cargo em três anos e meio de governo Bolsonaro.
Responsável não só pela organização do Enem, mas também por pesquisas que avaliam a qualidade da educação, o Inep desempenha papel central no Ministério da Educação. Sob Bolsonaro, porém, tornou-se uma fábrica de crises. Dupas, indicado pelo ex-ministro Milton Ribeiro, estava no cargo desde fevereiro de 2021. Foi exonerado a pedido, não sem antes ter protagonizado, em um ano e meio, uma gestão incendiária, comprovando o descaso do governo com essa área estratégica.
Em novembro passado, às vésperas do Enem, 37 servidores entregaram cargos de coordenação e acusaram Dupas de assédio moral, censura e conduta indevida à frente do Inep. Na época, os funcionários divulgaram nota em que criticavam “a fragilidade técnica e administrativa” da gestão. Denunciaram também tentativas de interferência nas questões do Enem para alinhá-las ideologicamente ao governo.
Leia na íntegra: O Globo