Papel estratégico das universidades para a soberania nacional também será discutido em encontro da SBPC, que começou nesse domingo, dia 24, destaca o Jornal da Ciência
O fazer científico e a política andam lado a lado, especialmente em momentos de descrédito e negacionismo. Desde os tempos da ditadura, as universidades tiveram papel estratégico. Nelas conviviam e trabalhavam uma grande quantidade de professores e estudantes que se opunham ao golpe de 1964, e que para além de produzirem conhecimento científico, buscavam juntos formas de desafiar a situação posta.
Hoje, em tempos democráticos, esses espaços de saber seguem sendo extremamente estratégicos para a ampliação dos debates e a conquista e manutenção de direitos. Em outubro, o Brasil viverá uma eleição diferente das anteriores, e desde já as universidades ampliam espaços de troca para o fortalecimento da democracia.
É o caso do evento que teve início nesse domingo, dia 24, na Universidade de Brasília (UnB). A 74° reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) tem como tema Ciência, Independência e Soberania Nacional, já que 2022 marca o bicentenário da Independência do Brasil, o centenário da Semana de Arte Moderna e as celebrações dos 60 anos da Universidade de Brasília.
No contexto atual, os painéis giram em torno de como a ciência e a democracia têm sido colocadas em xeque no país. Destaca-se o enxugamento e os cortes bilionários de verbas para ensino e pesquisa e os constantes ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Na visão de muitos participantes da SBPC, o atual governo se comporta como inimigo da educação e contribui para um retrocesso nas conquistas educacionais e científicas do país.
Leia na íntegra: Jornal da Ciência